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  • Foto do escritorPSB Caxias

Câmara debate transporte público e mobilidade urbana

Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação, presidida pelo vereador Wagner Petrini, promoveu audiência pública no último dia 12 para tratar do tema


A audiência pública que a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH) promoveu na última quinta-feira (12/03) à noite serviu para painelistas e comunidade abordarem diversos aspectos relacionados à temática “Transporte público e mobilidade urbana: avanços, desafios e perspectivas”. O encontro durou mais de quatro horas e foi conduzido pelo presidente da CDUTH, parlamentar Wagner Petrini.


Uma das informações anunciadas pelo titular da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), Alfonso Willenbring Júnior, foi a de que a licitação para concessão do transporte coletivo urbano na cidade, suspensa desde janeiro, será retomada ainda neste ano. “A licitação foi suspensa porque dados técnicos elaborados na própria secretaria foram ignorados (pelo governo anterior, sugeriu), mas temos de dar início novamente e seguir”, frisou o secretário.


Além de Willenbring Júnior, que trouxe para a explanação dois técnicos da pasta (os engenheiros civis Igor Machado da Silveira e Daniel Rech), estiveram na mesa de autoridades como painelistas o diretor de inovação da Marcopolo, Petras Amaral dos Santos; e o ex-secretário municipal de Trânsito e arquiteto e urbanista Edson Marchioro. Os técnicos da SMTTM explicaram como o atual sistema de transporte coletivo urbano funciona e como foi o cálculo que elevou, recentemente, de R$ 4,25 para R$ 4,65 (9,5%) a passagem paga pelos usuários à empresa que detém a concessão hoje: a Viação Santa Tereza (Visate). O impacto das gratuidades foi bastante comentado por eles e, posteriormente, pela plateia. Algumas pessoas se colocaram contra a extinção do benefício concedido, por exemplo, a idosos. Já os estudantes têm desconto de 50% na tarifa.


Ao discorrer sobre vários pontos da mobilidade urbana e mencionar municípios que mantêm êxito nessa área, Petras disse que não há receita de bolo e que cada cidade tem suas características e deve escolher o sistema de transporte que entender adequado, testando-o antes. “Precisamos repensar o que estamos entregando de infraestrutura conectada com os modais”, acrescentou.


No entendimento do arquiteto e urbanista Edson Marchioro, seria oportuno que Caxias do Sul decidisse que cidade efetivamente deseja, se mais voltada ao ser humano ou ao carro. Indicou que as leis precisam conversar, ou seja, o Plano de Mobilidade, por exemplo, teria de dialogar com o Plano Diretor, entre outras legislações locais e nacionais. Cogitou restringir o uso do veículo individual, incentivando a utilização do transporte coletivo, além de ciclovias e outros modais.


Marchioro também listou itens que, no seu entender, precisariam constar na nova licitação.

Durante a audiência, também participaram quatro debatedores: Valdir Walter, presidente da União das Associações de Bairros (UAB); Cassiano Fontana (da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Caxias do Sul/Assutran); Margarete Bender, representante da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) no Conselho Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade; e Alex Martinotto, urbanista - especialista em Negócios do Segmento Ferroviário e funcionário da Marcopolo.


Do público, se manifestaram quase uma dezena de pessoas. Entre elas, Joce Barbosa (líder comunitária) e Eremi Melo (da direção da União Brasileira de Mulheres). Elas defenderam as gratuidades e questionaram a possibilidade de haver subsídio público na tarifa. Já o presidente do loteamento De Zorzi, Luís Rocha, cobrou manutenção das paradas de ônibus nos bairros. Do interior caxiense, Valdomiro Rech se colocou contra as gratuidades para quem tem menos de 65 anos.


Ao final da condução dos trabalhos, o presidente da CDUTH, Wagner Petrini, agradeceu aos painelistas e a contribuição da plateia


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